Sobre a Clinica

Informações

Fale Conosco
     

PERIODONTIA

IMPLANTOLOGIA

BIOSSEGURANÇA

CASOS CLÍNICOS / CIENTÍFICOS

CURSOS

PUBLICAÇÕES

VIAGENS

 

VIAGEM AO PARQUE NACIONAL DE GRANDE SERTÃO – VEREDAS.

Belo espetáculo: A L-200 rompendo o rio, esta fotografia poderia ser o símbolo de nossa viagem aventura.

A viagem foi muito bem planejada, pois as distâncias eram muito grandes e havia numerosos lugares para serem conhecidos. As informações não eram completas, assim, passei boa parte do tempo estudando, e, lógico, lendo o livro de Guimarães Rosa: Grande Sertão: Veredas. Para poder sentir os ambientes que percorreríamos na região. Diz Guimarães Rosa: Sertão: Estes seus vazios...; Sertão é do tamanho do mundo...; Sertão é maior que o mar...; O sertão se emenda em si mesmo...; No sertão um céu azul num repintado, de nuvens que não se movem...; Sertanejos, mire veja: o sertão é uma espera enorme;...Sertão é sozinho – Sertão é dentro da gente. Sertão é sem lugar!

Não foi difícil convencer uma plêiade de companheiros a acompanhar-me nesta aventura pelos Sertões e Veredas, todos são aventureiros, ecologistas de coração e adoram conhecer trilhas e novos caminhos pelos perdidos e desconhecidos deste grande país.
Companheiros: Sérgio Lima, Pedro Baia, Marcelo, Elias, Fábio e José Fernando. Eu de caminhonete S-10 – 4X4 e o Zelão (José Fernando) L-200 também 4X4.
A distância total da viagem é de 1140 km, de Ribeirão Preto à Chapada Gaúcha, MG.
A rota, rigorosamente marcada pelo GPS 276C, foi dividida em três etapas, para facilitar a exposição neste trabalho. As imagens mostram as estradas que percorremos, exatamente por onde passamos. Os trajetos “track” desta rota estarão na Internet, à disposição das pessoas que possuam o Mapsource no computador e claro, queiram fazer esta viagem.
Saímos de Ribeirão Preto, dia 15 de agosto as 13h30m, com destino a Araxá.

Primeira etapa da viagem. Ribeirão Preto – Araxá.

A tela do GPS está com uma escala de 30 km por centímetro o que torna o mapa muito resumido, mas se deixasse maior não caberia nas fotos.
O primeiro trecho da viagem Ribeirão Preto até Araxá. Queríamos tomar um banho sulfuroso nas Termas do Barreiro, o que por sinal foi ótimo. Nesta etapa passamos por: Brodósqui, Franca, Pedregulho, Rifaina, Sacramento (Mg) e Araxá. A estrada até Franca é a SP 334 - Cândido Portinari. De Rifaina até Araxá a estrada é a MG-248 (Rodovia Assis Chateaubriand).
Saímos de Ribeirão Preto as 13h30m, até Araxá foram 268 km.
A estrada é muito bonita, como poderemos ver nas fotografias a seguir.
Chegando a Araxá, fomos diretos para o Balneário. Ficamos até a noite mergulhando nas tépidas águas sulfurosas da piscina aquecida.
Coloquei algumas fotografias mais importantes desta etapa da viagem.

A seca em nossa região estava fora do normal. Segundo a televisão a umidade do ar estava nos mesmos índices dos desertos mais secos do mundo. Os tratores preparando a terra levantavam nuvens de poeira de maneira nunca vista por mim. E, quando os “ventos brigavam” formavam ciclópicos rodamoinhos, a impressão era de estarmos em um outro país. Os rodamoinhos subiam até grandes alturas, como torres de poeira vermelha buscando as alturas do céu. As flores amarelas dos ipês, que é a flor símbolo do Brasil, enfeitavam de forma harmônica a ressequida natureza da região.

No livro, Grande Sertão: Veredas, os rodamoinhos, para o personagem principal, Riobaldo, era a briga de ventos, e no meio destes estava, o cão, o capeta, o perdido. Quando viam este fenômeno, os jagunços de Urutu-branco se afastavam e se benziam; não era um bom sinal.


Estávamos no planalto, Franca e Pedregulho a média de 1000m de altitude. Perto do Rio Grande na represa de Jaquara, começamos a descer as escarpas do planalto para o vale do majestoso Rio Grande. Logo à frente desta reta tem uma curva muito perigosa, aonde um ônibus de estudantes de Sacramento, vindos da UNIFRAN, à noite, se despencou, matando numerosos jovens em um desastre horrível.


Esta vista é maravilhosa. O vale do Rio Grande, entre o planalto paulista e os Chapadões de Minas, que estão a mais de 1100m de altitude. Aquela serra que se vê, após a ponte, e na margem direita da represa, são contrafortes do Complexo da Canastra. Esta porção da Serra, é o prolongamento da Serra Preta que se inicia a mais de 70 km ao sul na região de Delfinópolis, depois de muitas voltas e escarpas, toma o nome de Serra das Sete Voltas. Já percorremos este Complexo de Serras, de moto e quadricíclo, é uma região de extraordinária beleza e onde nasce o Rio São Francisco. Iríamos 1.000km ao norte conhecer as nascentes de seus principais afluentes: Paracatu, Rio Preto, Urucúia, Pardo e Carinhanha.



As 16h30m, depois de rodarmos 290 km chegamos a Araxá. Em Sacramento paramos em um posto de gasolina que vende um pastel de queijo que é famoso em toda a região. Quem nos indicou isto foi o grande amigo José Milton.
Este florido pé de ipê amarelo nos deu as boas vindas ao balneário. Na primeira foto eu e Fábio; na segunda, Marcelo e Fábio. Deste ponto pegamos um atalho e saímos direto no Barreiro onde existe um complexo hoteleiro maravilhoso. Hoje este complexo é administrado pelo OURO MINAS HOTEL.



Não me canso de admirar nosso ipê amarelo. Seca terrível, queimadas, e ele impávido se cobre de flores amarelas como um símbolo de nosso imenso Brasil.
Depois do banho, fomos saborear a autêntica comida mineira, muito boa como sempre.



Esta é a fotografia oficial de nossa partida, foi tirada pelo Zelão. Estamos na porta do modesto hotel em Araxá onde pernoitamos. Consta que os companheiros vindos de São Paulo e Ribeirão Preto à noite, tiveram muita sorte, pois, a L-200, acabou o óleo diesel ao entrarem no posto de gasolina em Araxá. Se o óleo estivesse terminado no vazio de Rifaina a Araxá, a situação dos amigos serie complicada, pois a meia noite, em uma estrada de pouquíssimo movimento, quase ninguém dá socorro. Assim começamos a viagem com muita sorte e alegria.

Seguindo viagem para Chapada Gaúcha.
Mapa da segunda etapa da viagem.



O primeiro dia da viagem propriamente dito foi na quarta-feira, dia 16 de Agosto 2006, pois, quando todos os companheiros estavam juntos. Saímos de Araxá as 9h30m da manhã.
Saímos pela BR-146 (Araxá a Uberlândia) andamos 62 km, entramos a direita na MG-187 até Perdizes (18 km), depois pela MG-365 seguimos até Patrocínio mais 8Km, pegamos a BR-354 até Patos de Minas.

Uma região muito interessante, os escarpados do Complexo da Canastra, que se estendem de São João Batista do Glória e São Roque de Minas, ao Sul, chegam até próximo de Araxá do Noroeste desta grande região. Assim de Araxá para frente, rumo ao norte de Minas, caminha-se pelo Planalto Central Brasileiro, uma região muito grande e rica em terras e gente. A topografia caracteriza-se, durante os 800 km até Chapada Gaúcha, por vales suaves, esculpidos nestes últimos 65 milhões de anos, pelos ventos e pelas chuvas. Nestes vales têm infindas nascentes, que se unem formando pequenos riachos, que se encontram formando rios.
Antes do Espigão Central de Patos de Minas, eles deságuam no Rio Araguari, que se estende para oeste até encontrar na região do Canal de São Simão com o Rio Parnaíba, aí o rio toma o rumo Sul indo se unir ao Rio Grande formando o majestoso Rio Paraná. Espinha dorsal de uma das maiores bacias fluviais do mundo a Calha ou Bacia do Paraná, que bem mais ao Sul, se encontra com dois outros grandes rios Uruguai e Paraguai, próximo à cidade de Buenos Aires.



Aí estamos em Perdizes. Eu e Zelão, L-200 e S-10. Tivemos uma parada técnica, muito importante, e perdemos uma hora de vigem. Na entrada da cidade havia a imagem de duas perdizes como símbolo, o que pode ser visto na primeira fotografia. Realmente quando viajamos, deixamos para trás nossas preocupações. Com amigos como estes, a viagem é só alegria e risos.



Na primeira fotografia estamos chegando à represa do Rio Araguari, Represa de Nova Ponte. Importante, salientar que neste planalto estávamos a mais de 800m de altitude. Quanta energia elétrica, essas águas ainda vão produzir se a cota de Itaipu é de 250m mais ou menos. Serão 500m, de queda, em mais de 1000 km de rios. O Brasil é realmente um país das águas, somente perde para o Canadá.
Na segunda fotografia estamos no trevo de Patrocínio, logo à frente entramos na BR-354, fomos até Patos de Minas, onde entramos na MG-365, até a BR-040 (Belo Horizonte – Brasília).



Este é uma fotografia da BR-040 cruzando o Chapadão. A estrada estava ótima. A seca terrível, contudo os floridos ipês amarelos nos acompanharam por toda a viagem. Esta árvore é um ótimo símbolo para o Brasil, pois com toda a adversidade do clima ela cobre-se de flores amarelas, como um pendão de nossa eterna esperança (Segunda vez, que tenho vontade de falar isso).



Este é o famoso Rio Paracatu. Segundo Guimarães Rosa o Paracatu é moreno e o Carinhanha é preto.
Neste trecho a mata galeria está preservada. Ele ainda está no planalto, desce sempre manso para desaguar no Rio São Francisco. Tem um afluente muito importante que é o Rio do Sono, já pesquei nestes rios. No baixo Rio Paracatu, no tempo das chuvas suas águas são vermelhas de tantos detritos que descem pelo rio. As margens do rio foram devastadas, a mata galeria destruída para fazer carvão. Infelizmente é um rio que está morrendo em sua parte mais baixa. Tem lugares que está tão entulhado de material erodido (silte) que não se consegue passar nem com pequenos barcos. É a morte lenda de um rio que já foi uma lenda dos pescadores de tempos idos. A extração de ouro em suas margens e de seus afluentes, no início da colonização destes sertões, e ainda hoje praticada contribuiu, muito para a deterioração deste rio. Se nada for feito, para sua preservação, como eu disse: é uma morte anunciada.

Neste ponto chegamos a cidade de Paracatu. Saímos da BR-040 e pegamos a estrada a direita para Unai. Teríamos 102 km de distância pela frente, até Arinos, antes dos 100 km de estrada de terra, para chegar ao destino. A estrada muito bonita, cruza por dois grandes vales e duas Serras, que cortam o trajeto de norte para o sul. São grandes espaços, horizontes que se perdem nas distantes serras. O céu azul, com manchas brancas, confundia-se no horizonte e parecia estático perante a velocidade em que andávamos. Nas retas pisava-se fundo nas caminhonetes. Pode-se ver no traçado do GPS que de Paracatu a Unai é praticamente uma reta em direção ao norte.

A chegada em Unai foi uma surpresa, pelo tamanho da cidade. Ela tem mais de 75,000 habitantes. É uma cidade tipicamente de regiões novas, de progresso ligado ao agro-negócio. Prédios de apartamento, mas, ruas esburacadas e sujas, e sem um traçado definido. Muito movimento, e um pouco de desorganização. Para sair da cidade cruzam-se numerosos bairros de periferia, com uma lombada logo após a outra. Enxame de motos nos cortando por todos os lados, como em nossas cidades mesmo! É o progresso?


Esta é uma fotografia do Google-Earth, mostrando a cidade. O Rio Preto, majestoso, cruzando o norte da cidade.
Bairros esparramados pelas periferias da cidade por todos os lados. São as pessoas da área rural, que substituídos pelas máquinas: colheitadeiras, grandes tratores e outros implementos, perdem o emprego e migram para a periferia das cidades.
Como eu disse oficialmente a cidade tem 75.000 habitantes, mas estima-se hoje que com estes fatores migratórios tenham mais de 110.000 moradores. Este é um dos motivos do caos, do sistema de saúde, ensino e urbanização.


De Unai partimos para Arinos, o último trecho asfaltado da viajem.

Saindo de Unai passa-se pelo Rio Preto. É o primeiro rio que passamos que nasce nas serras, ou chapadões que estão sobre o Aqüífero Urucuia. O Aqüífero Urucuia começa nesta região de Unai e Arinos e se estende até o sul do Piauí. É um importantíssimo reservatório de água no subsolo de toda esta imensa região. Ele situa-se a uma média de 300m a 600m de profundidade. Na Baía, a maior parte das lavouras irrigadas, é por poços artesianos que tiram água deste aqüífero. Existe uma preocupação muito grande com seu esgotamento, pois as áreas de recarga, como, O Parque Nacional de Grande Sertão – Veredas são insuficientes para sua recarga total, acreditam os técnicos

.

No meio do caminho, entre Paracatu e Unai, os amigos precisavam fazer uma parada técnica. Por dois motivos: Primeiro, comprar mais cerveja, as duas dúzias que haviam comprado haviam acabado; o segundo motivo, desaguar as cervejas tomadas. Compraram todas as Skol que o homem tinha em estoque, e comemos os mais deliciosos e vencidos salgados do bar. Em sã consciência acredito que normalmente ninguém enfrentaria aqueles salgadinhos.
Paramos neste posto (Foto) para a comemoração. Estávamos em um ponto geográfico importante, um divisor de águas. Ali as águas das chuvas e nascentes correm para a Bacia do Rio Francisco. Deixamos a bacia do Rio Grande há muito para traz (250 km). Deste ponto para frente desceríamos aos poucos, e todas as águas, da chuva ou das nascentes correm para o Grande Rio São Francisco, nesta imensa vertente, da margem esquerda, deságua seus principais afluentes: Paracatu, Urucuia e Carinhanha. Estava emocionado, pois iria passar por todos estes rios.

Um esclarecimento.

TERRA DO MEIO: É uma região pouco citada pelos geógrafos. Fica no planalto a Oeste da região de Brasília, ou seja, do Detrito Federal. É um planalto divisor de águas.
- As nascentes da vertente Sul da Terra do Meio correm para o Rio Grande, Parnaíba formando o Grande Rio Paraná.
- As nascentes e vertentes que ficam para o lado Oeste (Brasília) correm para o Rio Tocantins.
- As nascentes e vertentes, da Terra do Meio, voltadas para Este, correm para o Rio São Francisco.

Aí está a localização, da Terra do Meio, foto do Google Earth.



Realmente não é corriqueiro interpretar uma foto de satélite como esta. A imagem foi tirada a mais de 30 km de distância, assim, as escalas são imensas. Com o tempo, contudo, acostuma-se interpreta-las o que as tornam importantes para entendermos as regiões onde andamos. Há muito, tento imaginar os divisores de águas de nossas imensas bacias hidrográficas, hoje com o auxílio destas fotografias dos satélites e os recursos dos computadores, tudo está ficando mais claro para mim. O conhecimento desta Terra do Meio foi um achado para minha compreensão, do relevo do Planalto Central Brasileiro.

Por exemplo, a estrada BR-040 corta o Espigão Central rumando direto para o norte, até Paracatu, depois desvia lentamente para noroeste até Brasília, DF. Este Espigão (do lado oeste) e a Serra do Espinhaço (do lado Este – cortando o estado de Minas ao meio, de Norte ao Sul), delimita a grande Bacia do Rio São Francisco.

Viagem:


Esta é a paisagem típica dos Gerais entre UNAI e ARINOS, grandes retas no plano, o bom asfalto ladeado pelo nativo capim Jaraguá ressequido pela seca. Nestas grandes retas, tínhamos vontade de pesar fundo no acelerador. O Marcelo ficava me atentando, doutor, o piloto automático pode ser regulado até 140 ou 150 se a gente quiser? Bem é o que ele queria.
Mantive a calma em todo caminho da ida para Chapada Gaúcha. Na volta para Ribeirão Preto as coisas foram um pouco diferentes.

Este é Rio Urucúia.



Rio Urucuia.



Famoso Urucúia, para nós o início do Sertão, antigo manancial de peixes e ouro de aluvião. Neste ponto o rio corre manso e limpo.
O Urucúia nasce lá para Oeste, e vem cortando Sertões, com boas terras e boas árvores de madeiras ainda virgens. Deságua no rio São Francisco aproximadamente a 300Km deste ponto.
Segundo Guimarães Rosa: Rio é o São Francisco (o Velho Chico); os demais, Riachos: Urucuia, Carinha e Paracatu. Os outros são nascentes nas veredas que se juntam para formar Riachos.
Dá para entender o grande escritor, pois quando se atravessava o caudaloso São Francisco, em precárias balsas, na década de 40 a 50, deveria ser uma emoção indescritível para quem havia saído de Cordisburgo, sua cidade de origem. Trotando pelos Gerais, em tropas de cavalos e mulas de carga, rompendo serras e veredas, cobertos de poeira, a chegada ao Carinhanha, por exemplo, era como um riacho. Onde se podia banhar, jogando fora água a baixo o cansaço, o calor escaldante e a sede. Para mim, chamar um Urucuia de Riacho é uma forma carinhosa de demonstrar sua alegria em poder banhar e mitigar a sede de todos, homens e animais. Ali, faziam seu acampamento, matavam uma capivara e queimavam o alho para fazer o feijão. O Riacho era o descanso, era a marca dos infindos Gerais do Sertão.

Escreve Guimarães Rosa: RIO URUCÚIA, de águas bravas, que corre torto serra a baixo. (pescar peixes nas veredas).
Claras águas brotando de fontes sombreadas de sol entre pedras esverdeadas pelo musgo dos tempos. Pequenos lambaris, de nadadeiras vermelhas, riscam as límpidas águas em pequenos cardumes que parecem sombras coloridas errantes, entre o sombreado das folhas que se agitam.

Logo depois do Rio Urucuia, na estrada, 1 km mais ou menos, havia um posto dos guardas rodoviários federais. Mandaram-nos parar. Sabíamos que não podíamos ficar na ponte. Queriam nos multar, mas depois de um pouco de explicações nos deixaram ir, sem multa.

ARINOS.

Fotos da cidade de Arinos. A primeira foi tirada da internet.
Ela está às margens do Rio Urucúia, que passa a Sudeste da cidade.
É uma atração turística importante. Sempre ouvi falar desta cidade, a imagina muito maior, não

digo que foi decepção, não! Para as distâncias que ela se encontra, encravada como um marco, no meio do Grande Sertão das Gerais, ela é um apoio para as dezenas de vilas, lugarejos e assentamentos que existem em um raio de mais de 200 km.

O único asfalto que chega à cidade é por aonde viemos de Unai e olha que são quase 200 km de distância. Seguindo-se, pela mesma estrada, agora de terra, para Nordeste de Arinos a 200 km está Januária, e a Sudeste, atravessa-se o Rio São Francisco e chega-se à cidade de São Francisco, ambas a 200 km de distância.
Nós seguimos para o norte, em direção a CHAPADA GAUCHA, nosso destino.
São 100 km de estrada de terra, mas muito boa para caminhonetes. Tinha uma camada de mais de palmo de poeira, o Zelão deve que dar uma distância de mais de 15 km para não ir comendo poeira.
Neste trecho a caminhonete S-10 já começou a surpreender, pois na estrada de terra dava para se andar a 100 km por hora, como se fosse um asfalto. E nas trilhas que fizemos à suspensão da máquina teve um desempenho excelente.
As 17h 30 minutos, chegamos a Chapada Gaúcha. A cidade é tão grande que quase passos diretos, com destino a Brasília.

1 2 3 4 5 6