Paciente
N1220. Implante CONECT 22-03-2002.
Prof. Dr. Sérgio
N. M. Lima.
Dr. Marcelo de Lima Draib
Professor Fernando Baptista.
Histórico:
DIA
23-07-2001, extração do dente 36 com Regeneração
Tecidual Guiada. O dente tinha problema periodontal com envolvimento
de bifurcação, bolsa periodontal profunda. Várias
tentativas de tratamento periodontal foram realizadas ao longo
de mais de 7 anos. Quando foi detectada uma cárie na
área da bifurcação, separando a raiz
mesial da distal e um agravamento da perda óssea na
região, o dente foi condenado.
Com este prognóstico sombrio, o plano de tratamento
indicado foi a extração do dente seguido de
ROG, Regeneração Tecidual Guiada.
Figuras
1 a, b e c.
Figura
1a, mostra a sonda milimetrada penetrando mais de 10mm dentro
da lesão na área da bifurcação.
Figura 1b, o retalho total foi realizado e rebatido, com a
cureta MacCall 13-14, todo tecido de granulação
foi removido, durante esse procedimento a coroa se soltou
e foi removida da raiz.
Figura 1c, mostra o momento que a coroa foi removida e parte
da raiz mesial, fraturada saiu junto com o núcleo,
expondo todo defeito ósseo na área da bifurcação.
Figuras
2 a, b e c.
Figura
2a, mostra a cavidade óssea após a remoção
do dente, evidenciando a grande perda óssea na área.
Figura 2 b, mostra o material de preenchimento que foi utilizado,
Hidroxiapatita (Gen-phos) mais osso cortical e medular liofilizado
(Gen-tech, Genius da Baumer), misturado com Colagel.
Figura 2 c, mostra o alvéolo refeito com material de
reenchimento, onde será colocada uma membrana Intra-lock,
para sutura dos retalhos.
Figuras
3 a, b e c.
Figura
3 a, raízes extraídas com o núcleo.
Figura 3 b, sutura da ferida cirúrgica, procurando
deixar a membrana reabsorvível bem fixada e os retalhos
unidos de forma a propiciar uma cicatrização
em primeira intenção, da mucosa gengival.
Figura 3 c, a cicatrização da ferida cirúrgica,
30 dias após a extração e ROG.
Figuras
4 a e b.
Figura
4 a, no dia 22-03-2002, praticamente 7 meses após a
extração e ROG, o paciente compareceu ao consultório
para colocação do implante na área do
36. Como pode-se ver, o osso alveolar estava perfeitamente
reconstruído e o aspecto da área era excelente.
Assim foi sugerido ao paciente a colocação de
um implante Conect, isto é, um implante onde seria
possível colocar uma coroa imediata no implante. As
moldagens foram tiradas conforme veremos, encaminhadas ao
laboratório para confecção do guia cirúrgico
e demais procedimentos.
A figura 4b, mostra o início da cirurgia, com os retalhos
totais levantados. Dois aspectos devem se observados nesta
fotografia. Primeiro, o osso alveolar formado com a ROG, que
está em condições excepcionais. Segundo,
tipo de incisão horizontal, que deve ser diferente
dos procedimentos de rotina na implantologia, isto é,
a incisão é feita na linha média do espaço
interdentário, para dar forma à gengiva após
a colocação da coroa.
Figura
5. Nesta figura vemos o guia cirúrgico em posição,
com o marcador de posição já dentro da
cavidade do guia, o osso propiciou a realização
do implante na posição ideal assinalada pelo
guia.
Figuras
6 a e b.
Figura
6a, mostra a cavidade óssea pronta com as brocas convencionais,
isto é, usou-se inicialmente a broca chama até
a profundidade de 11mm aproximadamente, depois a broca de
2mm, seguindo a seqüência: 2,8mm e 3,0mm.
Figura 6 b, a cavidade terminada onde usou-se no término
a broca do Kit cirúrgico do Conect, para o implante
que foi colocado de 4,3 X 10,0mm. Todos esses procedimentos
têm que ser realizados com muita cautela e com as brocas
irrigadas abundantemente com soro fisiológico.
Figuras
7 a e b.
Figura
7a, mostra o implante colocado até o ponto em que o
motor de implante, com um contra-ângulo de 1:252 de
redução levou o implante Conect até se
desarmar, isto é, admitimos que neste ponto o torque
foi de aproximadamente 30 N, para o término da ancoragem
precisamos de 50N, assim na fotografia 7a, estamos removendo
o monta implante para terminar a ancoragem, parafusando com
uma chave própria do Kit cirúrgico, de aço,
mais resistente, para levarmos o implante até a ancoragem
completa, realizada com uma chave catraca, que dará
aproximadamente os 50N necessários a perfeita ancoragem
deste tipo de implante.
Nota: É impressionante o grau de fixação
que os implante Conect atingem, por mais
manipulados que sejam durante os procedimentos protéticos,
eles absolutamente não se alteram, dando ao protesista
toda liberdade de ação para realizar as coroas.
Figuras
8 a e b.
Figura 8a, o monta
implante é recolocado em posição novamente
antes da sutura para verificarmos se ele está perfeitamente
adaptado. Na foto 8b, o tecido é suturado, procurando
com os retalhos, vestibular e lingual, dar a melhor forma
possível no tecido perimplantar. O monta implante e
o guia cirúrgico serão utilizados na etapa seguinte
com um transferente para o similar do Conect para o modelo
onde a coroa a ser colocada está sendo preparada.
Prótese.
Figuras
9 a, b e c.
Figura
9a. São os modelos de trabalho, superior e inferior,
para acerto de oclusão. No modelo inferior está
construído o guia cirúrgico, que terá
como vimos duas funções.
Primeiro realmente como guia na cirurgia e em seguida como
transferente do implante para o modelo de trabalho, assim,
o modelo de estudo e confecção de guia, servirá
também, como veremos de modelo de trabalho para a confecção
da coroa a ser colocada, sobre o implante.
Figura 9b. São as peças que compõem os
“abutmans” do sistema Conect a ser usados para confecção
da coroa.
Figura 9c. Mostra o guia cirúrgico colocado na posição,
para fixação do monta implante, que foi recolocado
como mostramos na figura 8a e b ao guia, para servir de transferente
para o modelo de trabalho. Essa fixação, deve
ser cuidadosa, usando-se para isto resina de autopolimerização,
pois o parafuso de fixação não deve ser
envolvido de resina, caso contrário a peça não
poderia ser mais removida.
Figura 10a e b.
Figura
10a. Mostra o profissional desgastando o gesso do modelo de
trabalho, para inserção e fixação
do similar para se obter o modelo de trabalho. Esta fixação
deve ser realizada com muito critério e para isto usa-se
resina autopolimerizável.
Figura 10b, está mostrando o guia cirúrgico
que foi fixado no montador de implante ao qual foi fixado
o implante similar que irá ser colocado no modelo de
trabalho.
Figura 11 a e b.
Figura 11a. Mostra
o guia cirúrgico em posição e o similar
sendo fixado ao modelo de trabalho com resina de autopolimerização.
Figura 11b. Mostra o similar do implante em posição,
onde serão colocados os
abutmans para confecção da coroa.
Figuras 12 a, b
e c.
Figura
12a. Mostra o abutman em posição e na figura
12b os desgastes e pontos de retenção para a
coroa, que são necessários, sendo feitos com
um disco de
carborundum. Na figura 12c, mostra a confecção
da coroa sobre o abutman.
Figuras 13 a, b
e c.
As
figuras 13, mostram as várias fases de adaptação
da coroa no modelo, verificando nas proximais, oclusais e
cervicais. Este ajuste é muito importante para uma
boa higenização por parte do paciente. No ajuste
oclusal deverá ser obtido uma infraoclusão e
principalmente evitar contatos prematuros nas excursões
mandibulares de lateralidade e protusivas.
Figura
14 a e b.
As
fotografias 14 a e b, mostram a coroa em posição,
já com a cavidade do parafuso fechada da forma de rotina.
Deve na cavidade bucal ser procedido um criterioso ajuste
da oclusão para se evitar traumas parafuncionais.
Conclui-se pelos casos já realizados de implantes Conect
ser esses implantes uma
opção excelente para os pacientes que possuem
estrutura óssea capaz de suportarem este implante,
pois para sua indicação tem que haver um ótimo
osso alveolar.
Naturalmente, estes implantes chamados de: implantes com carga
imediata; para
serem realizados exigem um ótimo planejamento e uma
equipe cirúrgica/protética bem equipada e com
treinamento suficiente para que os procedimentos sejam realizados
com biossegurança e de forma efetiva.